Há exatamente 75 anos (22.07.1944), após 22 dias de conferência em Bretton Woods, New Hamphsire, várias potências ocidentais, com destaque para os Estados Unidos, participaram do estudo pela cooperação mundial, com o objetivo em pensar e implementar um futuro melhor para todas as nações, em que pese estivessem em plena 2ª. Guerra Mundial.
Em Davos, Suíça, no World Economic Forum deste ano, houve quem clamasse por uma nova Bretton Woods, considerando o que esperamos do futuro mundial sob o ponto de vista dos impactos da tecnologia mundial.
O espírito de uma prosperidade conjunta mundial, expresso nas declarações que iniciaram os trabalhos em 01.07.1944 em Bretton Woods é o que se espera possa imperar nos anseios dos governantes, diminuindo o nacionalismo radical que está sendo tomado por algumas nações, que perigosamente pode desencadear efeito contrário daquilo que almejavam evitar.
A supremacia chinesa, como potência econômica, também pode ser entendida como um desafio ao pensamento ocidental que teve como base a conferência, isto porque, a China, enquanto não tiver poder suficiente junto ao FMI e ao Banco Mundial, buscará alternativas paralelas ao modelo institucional que existe hoje, ou seja, com tendência em privilegiar os americanos e os europeus.
A Conferência de Bretton Woods que ficou conhecida por várias propostas que vieram a ser implementadas, tais como, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, além do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT, substituído pela Organização Mundial do Comércio criada em 1995, teve também a contribuição intelectual de John Maynard Keynes e Harry Dexter White, onde o primeiro estava sempre preocupado que as diretrizes políticas e as diplomáticas influenciariam questões econômicas, inclusive com as imputações à Alemanha agravaria ainda mais a crise e de igual maneira a volta do padrão-ouro, que veio a ser abolido em 1971, quando Richard Nixon acabou com a paridade do dólar com o ouro.
Superações devem vir a ocorrer, buscando sempre fomentar a mantença e a criação de instituições sólidas, tendo como base a cooperação mundial, com olhos voltados para a paz e o desenvolvimento equilibrado, considerando o avanço tecnológico, preservando o planeta para as futuras gerações, com um olhar para frente e também pelo retrovisor.